O Roteiro CEMBUREAU Emissões Zero apresenta a meta climática da Associação Europeia de Cimento, ao longo da cadeia de valor do cimento e do betão.
Analisa em detalhe cada etapa da cadeia de valor 5C – clínquer, cimento, betão (concrete), construção e (re)carbonatação, quantifica as alavancas de descarbonização e avalia desafios, oportunidades e viabilidade técnica das principais tecnologias.
A atualização considera o progresso alcançado desde a publicação, em maio de 2020, do “Roteiro da CEMBUREAU para a Neutralidade Carbónica em 2050”.
O Roteiro CEMBUREAU Emissões Zero destaca as medidas políticas indispensáveis para atingir a ambição climática definida, nomeadamente:
O Roteiro foi apresentado em webinar, a 21 de maio de 2024. Ao considerar os projetos de descarbonização em curso na Indústria de Cimento da UE, reforça a ambição do sector:
Webinar “Cementing Europe’s Future: Building the Green Deal” organizado pela CEMBUREAU – Associação Europeia de Cimento, a realizar a 13 de Outubro de 2020, das 9h00 às 12h30. Inscrições aqui.
O evento irá focar o Roteiro para a Neutralidade Carbónica em 2050 da indústria cimenteira europeia, e demonstrará como o cimento e o betão, em conjunto com a indústria da construção, ajudarão a construir o Pacto Ecológico Europeu.
Será uma oportunidade para ouvir as principais partes interessadas, entre legisladores nacionais e europeus, executivos seniores de empresas de cimento, bem como uma ampla gama de intervenientes na indústria, ONGs e académicos.
A primeira sessão incidirá sobre o contributo da indústria do cimento para a redução das emissões de CO2 no fabrico de clínquer e cimento, os dois primeiros “C’s” da estratégia de descarbonização.
Abordará os esforços de descarbonização do sector cimenteiro em termos de inovação e implementação de tecnologias de baixo teor de carbono e o desenvolvimento de enquadramentos adequados para os investimentos em causa.
Incluirá questões políticas fundamentais, tais como: acesso a combustíveis alternativos e energias renováveis, desenvolvimento de instrumentos de financiamento público e privado para tecnologias de ponta e enquadramento regulador estável de longo prazo que apoie a transformação industrial.
A segunda sessão irá focar o mercado a jusante do cimento, isto é, os outros três “Cs”: betão (concrete) – construção – carbonatação. Serão discutidas iniciativas políticas que criem um ambiente construído sustentável na Europa, bem como a contribuito da indústria de cimento e betão para a concretização deste objectivo.
Será analisada a futura legislação no âmbito do Pacto Ecológico, com ligação específica a iniciativas políticas existentes e previstas, como o Plano de Ação para a Economia Circular, a iniciativa “Building Level(s)”, a implementação da Directiva relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios, o Regulamento dos Produtos de Construção e a próxima “Renovation Wave for Europe”.
– Apoie o desenvolvimento de tecnologias de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS);
– Atue sobre a economia circular;
– Incentive o mercado de cimentos com baixo teor de carbono;
– Estabeleça, ao nível do carbono, condições equitativas e de segurança regulatória bem como uma agenda industrial compatível.
A tecnologia CCUS representará cerca de 40% da redução de emissões de CO2 no setor. A UE deve fomentar com urgência o desenvolvimento de uma rede pan-europeia de transporte e armazenamento de CO2, garantindo um financiamento contínuo de projectos demonstradores e apoiando o negócio da tecnologia através de incentivos públicos.
A substituição de combustíveis fósseis por resíduos não recicláveis e de biomassa e o uso de matérias-primas alternativas permitirá uma redução adicional de 15% nas emissões da indústria. Neste sentido, deverão ser adotadas políticas que apoiem a economia circular , facilitando a transferência de resíduos entre países da EU e desencorajando os aterros e as exportações de resíduos para fora da UE.
A introdução de cimento com baixo teor de carbono no mercado trará uma redução adicional de 13% nas emissões. As políticas devem ter como objectivo a redução da pegada de CO2 do edificado europeu, basear-se numa abordagem que contemple a análise do ciclo de vida e incentivar a aceitação no mercado de produtos com baixo teor de carbono.
Condições equitativas ao nível do carbono, a previsibilidade regulatória e uma agenda ambiciosa de transformação industrial são elementos essenciais para a concretização de investimentos necessários para se alcançar a neutralidade carbónica.